domingo, 20 de maio de 2012

No que acredito

Rochas não mais são demarcadas
Não mais entregues buquês de rosas
Lágrimas em cartas que não são derramadas

O antigo romantismo esgotou-se
Porém estranhamente e intensamente
Em paixão tornou-se

O medo da recusa retardou a entrega
Logo, o olhar, o toque, o beijo
Exteriorizou o recíproco desejo.

Houve um tempo de decisão
Indecisão quanto ao verbo ter
Agora só há a calmaria, consolidou-se
Razão de estar e de viver

Memórias futuras
O hoje é apenas o hoje
Deixando estar, eles estão
Construindo a história de uma nova paixão.




                                                  Jessica


terça-feira, 1 de maio de 2012

What if tomorrow is too late?

Olá seres,

Não tenho motivos.  Só precisei escrever isso, deve ser por motivos banais como sempre. Desses que não valem a pena.
 Mas de qualquer maneira, ainda estou viva!



Uma crença em algo que não é sólido.
O qual nunca será.
Algo que não passa de imaginação, um desejo.
Fazemos o possível para extingui-lo,
Por mais que isso cause o sofrimento.

Tentativas e mais tentativas.
Dia após dia se desaparecendo.
Mas a cada segundo a lembrança.
O medo de que de fato suma.
E que não volte.

Como se lado a lado não fosse possível.
Mas distantemente esteja unido.
A vontade da certeza,
E a incerteza de revelar a vontade.
Desejo de tornar isso mais claro.
E então o medo.
De novo.
E de novo.

A falta que há dos dois lados,
De um preenchido, superficialmente.
De outro, secreto.
Máscaras e máscaras para esconder a dor.
De algo que vem se apagando desde seu ilusório início.

Temos a certeza de nos pertencermos.
Mas não há a entrega.
Apenas aguarde.
É certo que o que é nosso, volta.


                                                                          Jessica