Estou aqui de novo para falar de coisas absurdas.
Casamento na adolescência.
Pânico.
Tédio.
Responsabilidade.
Divórcio.
Vida destruída.
Chifre (por que não?).
Isso talvez descreva o que eu penso sobre isso.
Deus! Meninas de 14 anos casando, isso é piada?
Uma criança cuidando das responsabilidades de uma casa, uma criança.
Bom, vou resumir. Recebi a notícia de uma menina. Conhecida. Que vai se casar. Senti uma profunda agonia ao pensar no assunto, maior ainda por ser mais nova que eu (tenho 16!). Sempre que me falavam “Jéssica, não casou ainda?” ou “Tem que casar logo!!”, a única coisa que me vinha (e ainda vem) na cabeça é atear fogo em quem fala isso. Não vivemos mais como em séculos passados, onde se tinha a desculpa de casamento arranjado. Hoje isso é algo livre. E o que elas fazem? Casam.
Amor? Aposto, eu disse APOSTO, que vai haver divórcio em menos de dois anos. E ainda acho muito. Não sei se uma criança será capaz de sustentar a outra e talvez não sejam capazes de criar uma terceira, se isso ocorrer.
Falam tanto em amor, amor, amor. Mas que amor é esse que acaba em tão pouco tempo. “Algo mágico... lindo... profundo... verdadeiro...”, chega com essa besteira de que o amor ampara tudo. Ele não dá felicidade p@#$% nenhuma. Contas a pagar, comida para fazer, uma casa toda a ser cuidada, preocupações diárias que serão feitas por quem? Crianças? Que se amam e que vão passar o resto da vida juntos? Quem põe na cabeça deles de que o amor não traz dinheiro, não deixa as outras mulheres feias nem os outros homens menos gostosos? E que o ciúme existe? E isso nem é para tanto, considerando todos os fatos.
Que anormalidade as pessoas vêem em uma jovem que não se casa antes dos 18?
E daí se eu não sou burra o suficiente para isso? E daí que eu não quero ter uma casa, um marido, e um filho tão cedo a ponto de perder tudo o que quero construir? De deixar uma vida livre e promissora para passar a ser a esposa, que faz tudo o que o maridinho quer, que seja a empregadinha do lar, que vai passar o resto dos seus melhores dias ao lado do mesmo cara. Que vai se divorciar “porque não demos certo” ou “não nos entendemos”.
Não vou ter nenhum pedaço a menos ao sair de casa sozinha. Não preciso de um homem para provar quem sou. F@#$%-se quem diz que sou encalhada, solteirona, titia.
Pelo menos não serei a do tanque. A faxineira. A garçonete. Não serei burra de acreditar que amor existe...
Perdoem minha falta de clareza. O texto está meio confuso, da mesma forma que fiquei. Isso é absurdo. Tenho que repensar sobre o assunto. Creio que será em vão.
Se sentir-se ofendido (a), desculpe-me. Mas é minha opinião.
Até mais.