domingo, 9 de setembro de 2012

Olá seres que leem esse blog. Se é que alguém vai ler isso. Continuo na esperança. Sensação de falar sozinha é ótima. Enfim. Resgatei mais algumas palavras de alguns anos atrás. O que trago hoje  é algo escrito em sala de aula, durante o intervalo. Geralmente costumo colocar a data no que escrevo, porém esse texto não possui. Sei que é de 2010 ainda. Não muito antigo.
Inútil, sem sentido e carregado de sentimentos meus, daquele momento, segue...


A sala vazia
Vozes sem rostos
Noite gelada

Na perfeição da mais triste noite
Sobrevivo sem ter motivos
Sem razão, estou.
Estou, sem emoção

Olhares profundos
Palavras com sentido algum
Incerteza, a palavra certa.
Certeza do vazio apenas

Fanatismo repugnante
Falsidade
Amor, ódio
Em um instante, possibilidade.


Volto em breve.


Jéssica

domingo, 29 de julho de 2012

Uma distância há.


Deixai a chuva, vós dizeis
Mas vós nunca pisastes adiante
E sou capturada, sou capturada
Há uma distância

Nenhuma, exceto a mim e ao punhal
Crepitando sobre o telhado
Contemplai, pois não é a chuva
Destarte tenho que ser
Não beberei teu vinho de vindima, meu querido
Tendes vós considerado que de inocência sou
Contudo deixastes vossa dama em perigo
Vós deixastes-me tostar

Meu coração, meu coração, meu coração
Meu coração, meu coração, meu coração
De fragilidade é o meu coração
Minha pálida pele de damasco tom

Quando vós, vossas lágrimas tivestes recônditas, "voltai", vós dizeis
Lá, em breve estarei
Mas como poderei correr, quando meus ossos, meu coração
Vós arrancastes?

Mas, correi, vós dizeis
Eu corro, eu corro, eu corroo

E lá, então, eu contemplo, que o tempo virá
Quando por mais uma vez morta eu estiver, vós dizeis-me para sem demora partir
E parto, e parto, e parto, e parto
E parto, com o punhal e lágrimas em mãos
Vede, as sombras, o céu diminuindo-se
Então por meio de um forte golpe caminho antes de correr e derreter-me em crepúsculo

Em minha mente qual o resultado
Parece como se fosse impróprio mudar de qualquer modo?

Afinal de contas, vós deixastes-me por esses anos, afundar-me nas emocionais profundezas
A encharcada e sombria cortina aveludada pendura-se em mim
Tornando meus sentimentos distantes de nosso tão ignorante mundo
Todos os belos momentos compartilhados, deliberadamente empurrados adiante
Afinal de contas, vós deixastes-me por esses anos, afundar-me nas emocionais profundezas
A encharcada e sombria cortina aveludada pendura-se em mim
Tornando meus sentimentos distantes de nosso tão ignorante mundo
Todos os belos momentos compartilhados, deliberadamente empurrados adiante
Há uma distância
Há uma distância

domingo, 20 de maio de 2012

No que acredito

Rochas não mais são demarcadas
Não mais entregues buquês de rosas
Lágrimas em cartas que não são derramadas

O antigo romantismo esgotou-se
Porém estranhamente e intensamente
Em paixão tornou-se

O medo da recusa retardou a entrega
Logo, o olhar, o toque, o beijo
Exteriorizou o recíproco desejo.

Houve um tempo de decisão
Indecisão quanto ao verbo ter
Agora só há a calmaria, consolidou-se
Razão de estar e de viver

Memórias futuras
O hoje é apenas o hoje
Deixando estar, eles estão
Construindo a história de uma nova paixão.




                                                  Jessica


terça-feira, 1 de maio de 2012

What if tomorrow is too late?

Olá seres,

Não tenho motivos.  Só precisei escrever isso, deve ser por motivos banais como sempre. Desses que não valem a pena.
 Mas de qualquer maneira, ainda estou viva!



Uma crença em algo que não é sólido.
O qual nunca será.
Algo que não passa de imaginação, um desejo.
Fazemos o possível para extingui-lo,
Por mais que isso cause o sofrimento.

Tentativas e mais tentativas.
Dia após dia se desaparecendo.
Mas a cada segundo a lembrança.
O medo de que de fato suma.
E que não volte.

Como se lado a lado não fosse possível.
Mas distantemente esteja unido.
A vontade da certeza,
E a incerteza de revelar a vontade.
Desejo de tornar isso mais claro.
E então o medo.
De novo.
E de novo.

A falta que há dos dois lados,
De um preenchido, superficialmente.
De outro, secreto.
Máscaras e máscaras para esconder a dor.
De algo que vem se apagando desde seu ilusório início.

Temos a certeza de nos pertencermos.
Mas não há a entrega.
Apenas aguarde.
É certo que o que é nosso, volta.


                                                                          Jessica