quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ao meu querido amigo.

Eita. 
Não é uma boa maneira de iniciar uma postagem. Mas foi o que eu pensei quando reli essas palavras, que escrevi há um bom tempo. 
Demorei para retomar meus sentimentos da época, mas plim! funcionou.

Como de costume, não falarei a respeito da causa disso tudo. Só posso deixar a certeza da "morte" que causou em mim. 


Eu menti, somente para não te magoar.
Calei-me diante de meus próprios sentimentos
 para não demonstrar a ti, o que tu não querias saber, o que tu nunca te importaste.
Realmente acreditei que de alguma forma pudéssemos construir algo. 
Que de alguma forma tu poderias perceber algo.  Mas, algo o quê? 
Nunca existiu nada.
A não ser de minha parte.
Fui medíocre de não notar que tuas palavras não eram mentiras.
 As minhas eram.
Como já diz a música... “i never meant to break your heart but you broke mine”.
Não somente uma vez.
Perdoei.
Perdoei.
E de novo.
Agora?
Digo, sinceramente, que de frieza entendo muito bem.
 Não espere mais nada.




Engraçado o título que coloquei... "amigo". 
Passado não é amigo de forma alguma. Não pra mim.

:)
E a música é essa... "Kayleigh" do Marillion:

Aceito reclamações de todos os tipos. 
(Ninguém lerá isso mesmo)


Jéssica


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Sobre a alma

Oh God!
Esse é um pouco mais tenso, tem dedicatória. 
É para o "humano".

"É."
 Enfim, lendo essas palavras que escrevi (lembro que em tempo recorde), percebi que de início já havia sentido aquela raiva que normalmente sinto pelas pessoas que futuramente irei adorar!
Sim, sinistro. 
Mas é a Jéssica. 
É bem sincero e não aceitarei questionamentos.


(...)


Não há palavras para descrever
O que ao fugir do errado
Veio a conhecer
Uma nova mente, fonte de inspiração.
Um ponto de equilíbrio
Para depositar minha emoção

No olhar a sinceridade
Nas palavras o desentendimento
No toque a segurança
O conforto de um universo todo
Que mesmo em conflito
Reestrutura-se para seu encontro.

Delicados gestos
Carinhosos afagos
Sutis elogios

O aperto de mão que suplica confiança

Um abraço forte, cheio de esperança.
Jéssica, 25 de março de 2013.


Vazio Interior

Seres, e "seras" deste universo... ninguém? 
Não, ninguém. 
Depois de tempos volto com mais uma ~coisa~ estranha que escrevi. 
Peço que não compreendam-me, até porque nem eu consegui lembrar o que pensava na época. 
Conforme datado abaixo, é de 2012. 
Não me responsabilizo pela falta de coerência. 
Segue... 


"Nesse mundo cinza, vive a ilusão
No qual estou presa em meio a escuridão
Agora parece que vem a calmaria
A vida volta a seu estado comum
Como aparenta ser
Individualmente superficial
Estamos cegados pela nossa própria mediocridade
Vivemos no tanto faz
E nesse vai e vem de falsas esperanças
Caímos em desespero ao descobrir que não estamos a sós
Vai se desgastando a vida
Fragilizando sentimentos
Enclausurando almas
Encontramo-nos cada vez mais presos
Mesmo a liberdade mental se torna limitada
Somos fracos
Tornamo-nos fracos.

Em nosso pequeno e estúpido mundo interior."

Jessica, 11 de setembro de 2012.

domingo, 3 de março de 2013

Uma amizade.


E quando você se dá conta que o que hoje você precisa é exatamente o que você tinha.
Quando você percebe que não deu importância a alguém, quando essa pessoa estava ali ao seu lado.
Você acorda de sua vida egoísta e cega, descobrindo que teve a chance de fazer isso antes.
De que alguém poderia ter ajudado a fazer isso.
Mas você simplesmente rejeitou.
Você enganou a si mesmo, não querendo perceber o que sentia.
Optou por seguir seu próprio caminho sombrio e vazio, que de nada mudou.
Você percebe que aquele sentimento forte não era por nada.
Que nunca foi em vão.
Hoje tudo se tornou estranho.
Não se tem sequer um contato.
Não se tem aquele abraço apertado e sincero.
Não se tem a presença da pessoa que tanto ama.
Ou que tanto amou.

Hoje estou muito triste por ter me dado conta disso, tarde demais.
Não sei se temos a capacidade de recomeçar.
E quando falo em "amor" e "recomeçar", não falo de um romance bonitinho de casal apaixonado.
Falo de um grande amigo que sinceramente sinto falta.
Que sinceramente amei.
Que às vezes tenho vontade de procurar de porta em porta por ele.
Pois não mais o reconheceria.

Mas não tenho a certeza de como seria sua reação.
Não sei se fui totalmente ... Como deveria ter sido.
Acredito que não soube ser...
Ser.
Não tenho mais certeza de nada.
Certeza do vazio apenas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A pequena morte



Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França, a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce.

Eduardo Galeano 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Dear friend


E como dizer a ele que o gosto tanto?
Como demonstrar que eu me importo?
De que forma falar que sinto pelo que houve?

Parece que não vai mudar
Vou me mascarar por quanto tempo ainda?
Peço desculpas por tanto sentir
Peço perdão por não demonstrar...

Mas quando tocar aquela música...
Vou sempre lembrar aquele dia...
Daquele abraço.
Daquele pedido por proteção.

Negarei enquanto por sua parte fizer o mesmo
Enquanto não houver coragem
Negarei até que nossos corações possam assumir
O sentimento que naquela noite veio a existir.


domingo, 9 de setembro de 2012

Olá seres que leem esse blog. Se é que alguém vai ler isso. Continuo na esperança. Sensação de falar sozinha é ótima. Enfim. Resgatei mais algumas palavras de alguns anos atrás. O que trago hoje  é algo escrito em sala de aula, durante o intervalo. Geralmente costumo colocar a data no que escrevo, porém esse texto não possui. Sei que é de 2010 ainda. Não muito antigo.
Inútil, sem sentido e carregado de sentimentos meus, daquele momento, segue...


A sala vazia
Vozes sem rostos
Noite gelada

Na perfeição da mais triste noite
Sobrevivo sem ter motivos
Sem razão, estou.
Estou, sem emoção

Olhares profundos
Palavras com sentido algum
Incerteza, a palavra certa.
Certeza do vazio apenas

Fanatismo repugnante
Falsidade
Amor, ódio
Em um instante, possibilidade.


Volto em breve.


Jéssica

domingo, 29 de julho de 2012

Uma distância há.


Deixai a chuva, vós dizeis
Mas vós nunca pisastes adiante
E sou capturada, sou capturada
Há uma distância

Nenhuma, exceto a mim e ao punhal
Crepitando sobre o telhado
Contemplai, pois não é a chuva
Destarte tenho que ser
Não beberei teu vinho de vindima, meu querido
Tendes vós considerado que de inocência sou
Contudo deixastes vossa dama em perigo
Vós deixastes-me tostar

Meu coração, meu coração, meu coração
Meu coração, meu coração, meu coração
De fragilidade é o meu coração
Minha pálida pele de damasco tom

Quando vós, vossas lágrimas tivestes recônditas, "voltai", vós dizeis
Lá, em breve estarei
Mas como poderei correr, quando meus ossos, meu coração
Vós arrancastes?

Mas, correi, vós dizeis
Eu corro, eu corro, eu corroo

E lá, então, eu contemplo, que o tempo virá
Quando por mais uma vez morta eu estiver, vós dizeis-me para sem demora partir
E parto, e parto, e parto, e parto
E parto, com o punhal e lágrimas em mãos
Vede, as sombras, o céu diminuindo-se
Então por meio de um forte golpe caminho antes de correr e derreter-me em crepúsculo

Em minha mente qual o resultado
Parece como se fosse impróprio mudar de qualquer modo?

Afinal de contas, vós deixastes-me por esses anos, afundar-me nas emocionais profundezas
A encharcada e sombria cortina aveludada pendura-se em mim
Tornando meus sentimentos distantes de nosso tão ignorante mundo
Todos os belos momentos compartilhados, deliberadamente empurrados adiante
Afinal de contas, vós deixastes-me por esses anos, afundar-me nas emocionais profundezas
A encharcada e sombria cortina aveludada pendura-se em mim
Tornando meus sentimentos distantes de nosso tão ignorante mundo
Todos os belos momentos compartilhados, deliberadamente empurrados adiante
Há uma distância
Há uma distância

domingo, 20 de maio de 2012

No que acredito

Rochas não mais são demarcadas
Não mais entregues buquês de rosas
Lágrimas em cartas que não são derramadas

O antigo romantismo esgotou-se
Porém estranhamente e intensamente
Em paixão tornou-se

O medo da recusa retardou a entrega
Logo, o olhar, o toque, o beijo
Exteriorizou o recíproco desejo.

Houve um tempo de decisão
Indecisão quanto ao verbo ter
Agora só há a calmaria, consolidou-se
Razão de estar e de viver

Memórias futuras
O hoje é apenas o hoje
Deixando estar, eles estão
Construindo a história de uma nova paixão.




                                                  Jessica