domingo, 19 de setembro de 2010

O que os olhos não veem...


Aparências. Há muitas bonitas não? Pois é. Deparamos-nos com pessoas das quais confiamos apenas no olhar, ou numa simples palavra. Seu exterior nos mostra tudo que queremos ver, ser ou até mesmo ter. Somos capazes de fazer um julgamento de caráter em menos de um minuto após a primeira vista. Somos enganados não pelo outro, mas pela ideologia falsa do que vemos. Porém quando menos imaginamos somos apunhalados pelas costas, pelas pessoas que jamais julgamos de uma forma negativa.

A aparência mente e se não nos damos conta disso logo, ela fere. O tempo cria um escudo que nos envolve de esperanças e confianças e que é quebrado com apenas um sopro, cruel e impetuoso, forçando-nos a não dar créditos novamente a ninguém. Não há atitudes nem mesmo palavras que apagam o que foi feito. Se dissermos não, é porque existe algo do qual queremos evitar desde o mais fraco início, justamente para não nos ferirmos num futuro sombrio que inevitavelmente ocorrerá. E então, as máscaras cairão.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Profe!!


Olá e Bem-Vindos.

A matéria do Profe!! de hoje é Matemática.

M-A-T-E-M-Á-T-I-C-A. Acredito ser uma das melhores invenções de todos os tempos. Talvez por esse meu pensamento, sempre adorei todas as professoras que já tive. Na verdade lembro-me de duas delas. São pessoas inspiradoras, inteligentíssimas, falam tudo o que devem (humilham) com educação, pois suas palavras bem colocadas com certo tom de ironia fazem as pessoas (burras) sentirem-se mais burras e “se colocarem no lugar”. Às vezes, penso que elas sentem certo medo de mim. Por quê? Sinto-me uma serial killer ao olhar para elas, tenho fome de seus cérebros (???). Muito curioso. Lembro-me também de escrever muito durante o Ensino Fundamental e início do Ensino Médio, adorava a Bhaskara e nunca entendi os radianos.

Agora o fato:

Inesquecível o dia em que um colega meu estava resolvendo um cálculo que ocupava quase a página toda do caderno, e ao chegar ao final da conta descobriu que o resultado era zero. A frustração foi tanta que ele fez a seguinte colocação:

- Professora, por que a gente fez todo o cálculo se no final é zero? A gente não pode simplesmente anular a questão? Pra que serve matemática?

A professora sorriu.

- A matemática serve para toda a vida, tu vai precisar muito disso no trabalho. – Respondeu.

Ele:

- Agora me fala profe. Digamos que eu vou trabalhar numa fábrica de sapatos. Aí lá estou eu colando as solas e, do nada, chega o meu chefe e diz: - Fulano resolve a Bhaskara pra mim. Isso não existe!

Ela, com toda calma docente, respondeu (dessa vez olhando para todos):

- Imaginem uma terra seca e empedrada. Se a gente não adubar, arar e fizer o que deve ser feito antes de plantar, o que vai acontecer? Não vai crescer nada. A mesma coisa é o cérebro de vocês. Se vocês não aprendem a usá-lo, não “exercitam” ele, ele nunca vai funcionar direito, vocês terão dificuldades. Se a gente não der coisas difíceis para resolver, ele não vai ser capaz de resolver as fáceis. Logo vai ser difícil “crescer” alguma coisa aí.

Silêncio.
(Fora que com cérebro bom, não se trabalha colando sola de sapato...)
 
Depois desse dia não tivemos mais preocupações em saber o porquê aprender as matérias. Hoje já não tenho dúvidas quanto a isso. 
Também por causa dessa professora descobri o Sudoku. Viciei.
Estou curada finalmente, mas ainda sei resolver e por mais incrível que pareça caiu um desses na primeira etapa das Olimpíadas de Matemática, que fiz na oitava série. (a qual passei para segunda etapa!).



Enfim as professoras de matemática sempre foram minhas preferidas e acredito que sempre serão. Adorei escrever sobre meus ídolos, volto daqui a algum certo tempo para falar de outra matéria.

Até mais.

sábado, 4 de setembro de 2010

Tenho 16 anos e não estou casada...


Estou aqui de novo para falar de coisas absurdas. 

Casamento na adolescência.

Pânico. 

Tédio. 

Responsabilidade. 

Divórcio.

Vida destruída. 

Chifre (por que não?).

Isso talvez descreva o que eu penso sobre isso. 

Deus! Meninas de 14 anos casando, isso é piada?

 Uma criança cuidando das responsabilidades de uma casa, uma criança. 

Bom, vou resumir. Recebi a notícia de uma menina. Conhecida. Que vai se casar. Senti uma profunda agonia ao pensar no assunto, maior ainda por ser mais nova que eu (tenho 16!). Sempre que me falavam “Jéssica, não casou ainda?” ou “Tem que casar logo!!”, a única coisa que me vinha (e ainda vem) na cabeça é atear fogo em quem fala  isso. Não vivemos mais como em séculos passados, onde se tinha a desculpa de casamento arranjado. Hoje isso é algo livre. E o que elas fazem? Casam. 

Amor? Aposto, eu disse APOSTO, que vai haver divórcio em menos de dois anos. E ainda acho muito. Não sei se uma criança será capaz de sustentar a outra e talvez não sejam capazes de criar uma terceira, se isso ocorrer. 

Falam tanto em amor, amor, amor. Mas que amor é esse que acaba em tão pouco tempo. “Algo mágico... lindo... profundo... verdadeiro...”, chega com essa besteira de que o amor ampara tudo. Ele não dá felicidade p@#$% nenhuma. Contas a pagar, comida para fazer, uma casa toda a ser cuidada, preocupações diárias que serão feitas por quem? Crianças? Que se amam e que vão passar o resto da vida juntos? Quem põe na cabeça deles de que o amor não traz dinheiro, não deixa as outras mulheres feias nem os outros homens menos gostosos? E que o ciúme existe? E isso nem é para tanto, considerando todos os fatos.

Que anormalidade as pessoas vêem em uma jovem que não se casa antes dos 18?
E daí se eu não sou burra o suficiente para isso? E daí que eu não quero ter uma casa, um marido, e um filho tão cedo a ponto de perder tudo o que quero construir? De deixar uma vida livre e promissora para passar a ser a esposa, que faz tudo o que o maridinho quer, que seja a empregadinha do lar, que vai passar o resto dos seus melhores dias ao lado do mesmo cara. Que vai se divorciar “porque não demos certo” ou “não nos entendemos”.  

Não vou ter nenhum pedaço a menos ao sair de casa sozinha. Não preciso de um homem para provar quem sou. F@#$%-se quem diz que sou encalhada, solteirona, titia.

Pelo menos não serei a do tanque. A faxineira. A garçonete. Não serei burra de acreditar que amor existe...




Perdoem minha falta de clareza. O texto está meio confuso, da mesma forma que fiquei. Isso é absurdo. Tenho que repensar sobre o assunto. Creio que será em vão. 

Se sentir-se ofendido (a), desculpe-me. Mas é minha opinião.
Até mais.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Memories


Olá!
Demorei, mas voltei...
E para falar de uma coisa muito séria. Uma plantinha Rock and Roll!
Na verdade, é um “poema” que escrevemos durante uma daquelas tardes de domingo infortunas. Não posso lembrar como era a tal da planta, mas era esquisita. Uma coisa realmente inútil de se ler, mas o que quero dar ênfase é a criatividade de pessoas por volta dos 12 ou 13 anos de idade, ao ver uma planta (que deveria ser uma flor pela cor descrita). Hoje já não fazemos mais isso, não existem mais tardes chatas de reunião com minha irmã e minha prima, em que escrevíamos sobre as mais variadas coisas. Onde a chuva era motivo de um texto, um raio virava um refrão, uma minhoca na terra, um pão com margarina (...). Nosso sonho era ter uma banda de rock que se chamaria Misantropo (!), tínhamos até as capas dos discos desenhadas. Ainda tenho tudo guardado em um fichário, ocupa um espaço enorme, mas não quero perder coisas que considero valiosas. Embora sem muita noção e sem conteúdo culto e filosófico, são documentos que serão guardados por mim enquanto puder. Ah! Sem esquecer a casca de banana podre... Eterna!

Plantinha Rock and Roll!!!
Que coisinha bisonha
Tão rosinha
Toda murchona
É a plantinha
Na Coréia do Norte
Pode não ser forte
Mas ouvindo rock
Ela não chega à morte
Filha da puta
Ela espanta
No meio da gruta
É a planta



 Interessante... 





Agradecimentos especiais à Débora (minha irmã) e Marejane (minha prima).